quinta-feira, setembro 29, 2005

Herrera, nossa índole está cravada. Acho que a essência não muda. O que mudam são os caminhos. Sua escrita já foi escrita: não apaga não! Abraços.

Natureza

Um barco que vai contra a correnteza
dificilmente chega ao cais.
Se chega, aporta estraçalhado de fraqueza.
Não será o mesmo jamais.

terça-feira, setembro 27, 2005

Meu amigo Renato é cultura demais. Deu-me uma aula sobre a deturpação de frases do dito popular.
Fiquei de cara, ao saber que:
"O que tem a ver o cu com as calças?"
É, na verdade:
"O que tem a ver o cuco com as calças?" (Que cuco é esse, pessoal???)
"Esculpida e escarrada", ou seja, a pessoa é a cara de papai ou mamãe...
É, de origem:
"Esculpida em carrara" (Que metamorfose, hem? Do nojento escarro para o nobre mármore carrara!)
E a infantilíssima:
"Batatinha quando nasce esparrama pelo chão..."
Nada disso, sôfregos papadores de verbetes. O certo é:
"Batatinha quando nasce espalha ramas pelo chão..." (Que lindo!)
Putz... O difícil é voltar a falar certo depois de anos falando do outro jeito, anárquico, caótico, mas... tão bacaninha! Palavras que me sustentam... Thanks pela aula, Mizim Fio.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Escrevi para o Hely em seu delicioso blog "Um completo incompleto":

Demos graças aos incompletos,
pois deles vem a vontade da completude.
E se eles já são perfeitos, completos seriam,
então, a magnitude!

Bjo, afilhado da Santíssima!

quinta-feira, setembro 22, 2005

A estagiária de RP do meu setor deu um jeito especial no cabelo. Mas no primeiro dia de arrumação ela ficou quase imóvel, ereta, pra não desalinhar os fios. Achei a atitude tão cuidadosa que lhe rendi uma homenagem.
Bjos Marina!

Cabelo japonês

Marina alisou o cabelo
Eu chamo e ela não olha
Não olha porque, se virar,
o fio atrapalha e ela chora!
Marina alisou o cabelo
Morena de cacho não rola
Pagou e amansou a moldura
É japonês na cabeça de outrora
Marina alisou o cabelo
Tá prosa e demais vaporosa
Mas pouco entorta o pescoço,
porque, se entorta, a cabeleira enrola!